O Dia do Produtor Rural será diferente nesse ano. Usando máscaras de proteção e seguindo as orientações dos órgãos de saúde, os homens e mulheres do campo adaptaram a forma de produzir, de comercializar, a maneira de interagir, de administrar, de conviver e de sobreviver nesse novo mundo que surgiu de uma hora pra outra.

Os relatos de mudanças e de adaptação à nova realidade estão por todo o Estado, aqui segue dois relatos de produtores.

“A pandemia do coronavírus mudou todos os segmentos do país e o agro não foi diferente. Tivemos problemas com transporte e logística e aumento significativo nos custos de produção. Na maioria dos casos, o preço do produto não acompanhou o dos insumos, então tivemos que nos adaptar para continuar produzindo. Tentamos reduzir os custos com mão de obra, mas no Espírito Santo não se utiliza tanta mão de obra mecanizada. Acredito que teremos um antes e depois dessa pandemia, mas diante de toda a situação, o agro é um segmento que não pode e nem vai parar, pois estamos falando de alimento, uma necessidade do ser humano”.

“Há um ano produzo cafés especiais do tipo conilon. Trabalho com uma quantidade pequena, o que facilita o cumprimento das medidas de distanciamento social. Por causa da pandemia, a venda do café em pó da safra passada teve uma queda de 20% nos meses de março e abril e o preço dos insumos aumentou um pouco porque o adubo acompanha a variação do dólar. Mesmo assim, conseguimos atender os clientes, principalmente via Whatsapp, Instagram e Facebook. Hoje, a venda online é muito mais prática. Ainda não tenho uma conta comercial, mas vou fazer um levantamento dos meus clientes, montar uma lista de transmissão e vender ainda mais o meu produto de qualidade”.

Fonte: CNA Brasil